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Rodrigo Piller

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sábado, 3 de outubro de 2009

R.M.S Olympic

O RMS Olympic foi um navio transatlântico inglês em serviço entre os anos 1911 e 1935. Media 269 metros de comprimento, 28 metros de largura e 56 metros de altura. Tinha capacidade para 329 pessoas em primeira classe, 285 em segunda classe, 710 em terceira classe e 899 pessoas de tripulação. Na sua capacidade total conseguia acomodar 2223 pessoas. Pertencia à mesma classe do RMS Titanic e HMHS Britannic.

História

No início do século XX a imigração para o então novo mundo, como era denominado a América era intensa. Muitos procuravam uma nova oportunidade de vida e deixavam para trás a miséria e a fome do antigo mundo. A única forma de travessia era através de navios. E as companhias marítimas não demoraram muito para ver o mercado que estava diante delas. A luta foi intensa entre as companhias marítimas até o surgimento da aviação comercial no fim da década de 1940.
No começo de 1900 duas grandes companhias inglesas disputavam palmo a palmo a supremacia no Atlântico Norte no transporte de passageiros, a Cunard Line e a White Star Line. A White Star viu a sua rival transpor o Atlântico com imensos colossos até 1909, quando teve início nos estaleiros da Harland & Wolff, em Belfast, a construção de um trio de gigantes. Os denominados Olympic, Titanic e Gigantic seriam os maiores objetos móveis já construídos pelo homem. Os dois primeiros foram construídos em paralelo e o Olympic foi o primeiro a ficar pronto (1911), seguido pelo Titanic (1912), e pelo Gigantic, batizado como Britannic (1915).

R.M.S OLYMPIC -Old Reliable

O navio Olympic foi construído entre setembro de 1907 e maio de 1910, altura em que foi lançado. Foi o primeiro de três grandes navios, a "Olympic Class" (os maiores da altura), da White Star Line que fizeram parte da frota por volta da mesma época. Eram em muito, principalmente no tamanho, distribuição e vista exterior, iguais.
Em 14 de Junho de 1911 o Olympic fez a sua viagem inaugural. Com 1313 passageiros a bordo a viagem transatlântica foi um sucesso. As próximas viagens foram de igual modo sem falhas. Mas o desastre aconteceu no início da sua quinta viagem. Pouco passsava do meio-dia quando o navio saiu de Southampton a caminho de Cherbourg na França para levar mais passageiros. Inesperadamente o HMS Hawke da Marinha Britânica foi visto no meio do nevoeiro. O navio de guerra foi sugado pelas grandes pás do Olympic e o choque foi inevitável. O HMS Hawke bateu no lado estibordo do Olympic e deixou-lhe com um buraco e uma pá destruída. Apesar do forte embate os dois barcos conseguiram chegar ao porto mais próximo sem vítimas.
O Olympic voltou para Belfast para ser extensivamente reparado. Este desastre apesar de fazer questionar se navios maiores eram menos seguros também ajudou a mentalizar a ideia que eram navios inafundáveis, pois nada de muito grave lhe aconteceu.
Esta ideia foi deitada abaixo em 15 de Abril de 1912 quando o Titanic sofreu um embate com um iceberg e afundou-se, resultando na morte de mais de 1500 pessoas.
Assim que o Olympic chegou a Inglaterra foram-lhe imediatamente adicionados 24 botes aos 20 que já tinha. Mesmo assim passageiros e tripulação achavam que a segurança ainda não estava boa e a White Star teve que retirar o Olympic durante seis meses para reparações mais profundas. Entre outras foi-lhe adicionado uma "dupla pele" para resistir melhor a embates. Em 1913 o RMS Olympic tinha 68 botes salva-vidas e estava pronto para enfrentar as linhas transatlânticas rivais.
Mesmo com o começo da Primeira Guerra Mundial o navio ainda continuou em serviço até que foi finalmente chamado para atracar indefinidamente em Belfast. O grande navio esteve 10 meses parado e foi chamado pelo governo britânico. Ele foi pintado com cores muito claras e com formas geométricas para confundir os submarinos inimigos e foi mudado o nome para H.M.T. (His Majesty's Transport) Olympic.
O Olympic juntou-se ao seu irmão mais novo, o Britannic, que servia como barco hospital, no Mediterrâneo para transporte de tropas e sobreviventes. Depois começou transportar tropas canadienses e no final de 1916 já tinha completado 10 viagens entre o Canadá e a Europa. Mais tarde faria o trajeto Estados Unidos - Europa com a mesma finalidade.
Em maio de 1918 o Olympic foi atacado pelo submarino alemão U-103 no canal Inglês por um torpedo. Afortunadamente o torpedo falhou o alvo e foi então que o Olympic se virou contra ele e o abalroou. O submarino rapidamente começou a afundar e algumas pessoas que escaparam foram apanhadas pelo destroyer USS Davis que por ali passava.
Em novembro de 1918 a guerra terminou. Duante a Primeira Guerra Mundial, o Olympic transportou 41.000 passageiros civis, 66.000 tropas e 12.000 membros do batalhão trabalhador chinês. Ele percorreu 184.000 milhas e consumiu 347.000 toneladas de carvão. Por estes recordes de guerra, o navio ganhou a alcunha de "Old Reliable", que traduzido para o Português seria: "velho confiável".
Retornou então para a White Star Line para ser renomeado R.M.S. Olympic para, uma vez mais, fazer rotas transatlânticas. Nessa altura o Olympic ainda era um dos mais maravilhosos e luxuosos navios a circular e por isso várias personalidades fizeram travessias nele, como é caso de Charlie Chaplin e de Eduardo, Príncipe de Gales.
Nos anos seguintes e com a ajuda da Grande Depressão o Olympic deu mostras da sua velha idade e tornou-se obsoleto.
Em Março de 1935 fez a sua última viagem para Nova Iorque onde foi vendido e completamente desmontado. O Olympic foi um dos maiores navios que já cruzou os mares e um dos mais maravilhosos.

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