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Rodrigo Piller

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sábado, 3 de outubro de 2009

White Star Line

Foi fundada em Liverpool como White Star Line por John Pilkington e Henry Threlfall Wilson, e centrava-se nas trocas australianas, que tinham recentemente subido depois da descoberta de ouro na Austrália. A frota inicialmente era constituida por navios "charter", pelo Blue Jacket (mais tarde renomeado White Star), pelo Red Jacket, pelo Ellen e ainda pelo Iowa. Adquiriram o primeiro navio a vapor em 1863 com a Royal Standard. Um notavél navio chamado Tayleur, cujo destino amaldiçoaria a companhia.
Fundiu-se com outras linhas menores, a Black Ball e a Eagle Lines para formar um conglomerado chamado Liverpool, Melbourne and Oriental Steam Navigation Company Limited. Esta fusão não prosperou e a companhia saiu concentrando-se apenas no serviço entre Liverpool e Nova Iorque. Os investimentos pesados em novos navios foram financiados por empréstimos mas, o banco da companhia "the Royal Bank of Liverpool", foi à falência em Outubro de 1867 deixando a companhia com um débito extraordinário de £527,000.

The Oceanic Steam Navigation Company - white star line

Thomas Ismay, um director da National Line, comprou o logótipo, o nome e a companhia falida por £1,000 em 18 Janeiro 1868, com a intenção de operar grandes navios no serviço do Atlântico Norte.
Ele fez um acordo com Edward Harland (dos construtores de navios Harland and Wolff), para fornecer os navios. Os construtores receberam as primeiras ordens em 30 Julho 1869. O acordo era que a Harland and Wolff construiriam os navios a custo mais uma percentagem fixa e não construiriam nenhumas embarcações para os rivais da White Star. Em 1870 William Imrie juntou-se à equipa da companhia.
Quatro navios foram inicialmente construidos para a classe Oceanic; o Oceanic I, Atlantic, Baltic, e o Republic e a linha começou a operar de novo em 1871 entre Nova Iorque e Liverpool (mais tarde fazendo paragem em Cobh).
Enquanto o primeiro navio estava a ser concebido, Ismay formou a "Oceanic Steam Navigation Company" para operar os navios que ainda estavam no processo de construção.
Na altura era (e ainda é) normal para as linhas de transporte, terem um padrão comum para os nomes dos seus navios. No exemplo da White Star Line, este era usar o sufixo ic (por exemplo Titanic), por outro lado a Cunard usava o sufixo ia (por exemplo Carpathia). A linha adoptou também ,para as chaminés, cores coloridas com um topo preto como sendo uma característica distintiva para os seus navios, assim como seu distintivo normal: a bandeira da companhia, a vermelho, com um rasgo a meio e uma estrela branca de cinco pontas no meio.
Para o resto do século 19 a White Star Line iria possuir navios famosos como: Britannic I, Germanic, Teutonic e Majestic I. Muitos destes iriam a certa altura receber a Fita Azul do Atlântico.
Em 1899, Thomas Ismay comissionou um dos navios de vapor mais bonitos construídos durante o século 19, o Oceanic II. Este era o primeiro navio a exceder o Great Eastern em comprimento (embora não em tonelagem). A construção deste navio marcou o ponto onde a White Star saiu da competição na velocidade com as rivais e se concentrou unicamente no conforto e na economia da operação.
No século 19 e inicio do século 20, a eficiência de motores a carvão limitava uma velocidade praticável de aproximadamente 24 nós (44.4 km/h). Ir acima desta velocidade aumentava a proporção consumo-velocidade abruptmanente, com um consumo exageradissimo. Por esta razão, a White Star Line concentrou-se no conforto e na fiabilidade em vez de velocidade. Por exemplo o Titanic foi projectado para navegar a 21 nós (39 km/h), enquanto que o Mauretania(1906) da Cunard Line estabeleceu o recorde de velocidade em 1926 para 27 nós (48 km/h).
Em 1902, a White Star Line foi absorvida no International Mercantile Marine Co. (IMM); um grande conglomerado americano do transporte. Por 1903, o IMM tinha conseguido absorver a American Line, Dominion Line, Atlantic Transport Line, Leyland Line, e a Red Star Line. Conseguiram também acordos de comércio com as linhas alemãs Hamburgo America e com a Norddeutscher Lloyd. Bruce Ismay cedeu o controle à IMM na cara da intensa pressão dos accionistas e de J.P. Morgan, que ameaçaram uma guerra de taxa.
A Cunard Line era a mais directa competidora à White Star Line pela sua fama e sucesso. Como parte da competição, a White Star Line começou a construção da sua série nova, a Olympic Class; Olympic, Titanic, e Britannic. O Britannic devia originalmente ter sido nomeado Gigantic, mas seu nome foi mudado logo após o Titanic se afundar.
A história da White Star Line foi marcada por alguns desastres terríveis assim como muita má sorte. Em 1873 o Atlantic foi destruído perto de Halifax, custando 585 vidas. Em 1893, o Naronic desapareceu com 74 passageiros e tripulação após partir de Liverpool em direcção a Nova Iorque. Em 1909 o Republic foi perdido após uma colisão com o navio SS Florida. Em Setembro de 1911, o Olympic envolveu-se numa colisão com o navio de guerra Hawke, causando grandes estragos em ambos os navios.
Em 15 de Abril de 1912, o Titanic foi perdido após uma colisão histórica com um iceberg. O primeiro navio White Star perdido durante o Primeira Guerra Mundial foi o Arabic II, atingido por torpedos perto da Irlanda em 19 de agosto 1915 morrendo 44 pessoas. No Novembro seguinte, o último navio irmão do Titanic, o HMHS Britannic foi perdido após ter embatido numa mina. Afundou-se em menos de 55 minutos com a perda de 21 vidas e foi a maior embarcação afundada na guerra. Dos três navios da Olympic Class, dois nunca terminaram uma viagem comercial. Entretanto, o Olympic, o primeiro dos três a ser construído, teve uma carreira longa e bem sucedida e foi o único navio mercante na Primeira Guerra Mundial, que se tenha conhecimento, a afundar um navio de guerra. Em 1934, ao navegar numa névoa, o Olympic acidentalmente abalroou o Nantucket Lightship, afundando-o e matando sete homens da tripulação.
Em 1933, a White Star e a Cunard estavam ambas em sérias dificuldades financeiras por causa da Grande Depressão, da queda dos números de passageiros e da idade avançada das suas frotas particularmente da White Star. O trabalho tinha sido parado no novo gigante da Cunards, o Hull 534 (mais tarde RMS Queen Mary), em 1931, para poupar dinheiro. Em 1933, o governo Britânico concordou em fornecer auxílio às duas linhas com a condição que se fundissem. O acordo foi completado em 30 dezembro 1933.

Cunard-White Star Limited

A união ocorreu no dia 10 de Maio 1934, criando a Cunard-White Star Limited, possuida 62% pela Cunard e 38% por credores da White Star. Em 1947, a Cunard adquiriu os 38% da Cunard White Star que ainda não possúia, e em 31 de Dezembro 1949, adquiriu os bens e as operações da Cunard White Star, e reverteu o nome para o conhecido "Cunard". Após a união de 1934, as bandeiras das duas linhas eram postas em todos os navios até 1950, com cada navio a levar a bandeira de seu proprietário original acima do outro; após 1950, somente o Georgic e o Britannic III continuaram a levar a bandeira da White Star regularmente.
Os navios restantes da White Star, Georgic e Britannic III, continuaram com a pintura e bandeira da White Star - embora abaixo da bandeira de Cunard depois de 1950 -- até que foram desmantelados em 1956 e 1960 respectivamente. O barco de passageiros Nomadic ainda existe e encontra-se em mãos privadas, embora seu destino seja incerto.

Navios da White Star Line e ano de aquisição


Oceanic (1871)
Atlantic (1871)
Baltic (1871)
Tropic (1872)
Republic (1872)
Adriatic (1872)
Celtic (1872)
Traffic (1872)
Belgic (1872)
Asiatic (1873)
Gaelic (1873)
Britannic (1874)
Germanic (1875)
Arabic (1881)
Coptic (1881)
Ionic (1883)
Doric (1883)
Belgic (1885)
Gaelic (1885)
Cufic (1885)
Runic (1889)
Teutonic (1889)
Majestic (1890)
Nomadic (1891)
Tauric (1891)
Magnetic (1891)
Naronic (1892)
Bovic (1892)
Gothic (1893)
Cevic (1894)
Pontic (1894)
Georgic (1895)
Delphic (1897)
Cymric (1898)
Afric (1899)
Medic (1899)
Oceanic (1899)
Persic (1899)
Runic (1900)
Suevic (1901)
Celtic (1901)
Athenic (1902)
Corinthic (1902)
Ionic (1902)
Nordic (1902)
Cedric (1903)
Victorian (1903)
Armenian (1903)
Arabic (1903)
Romanic (1903)
Cretic (1903)
Republic (1903)
Canopic (1904)
Cufic (1904)
Baltic (1904)
Tropic (1904)
Gallic (1907)
Adriatic (1907)
Laurentic (1909)
Megantic (1909)
Zeeland (1910)
Nomadic (1911)
Traffic (1911)
Olympic (1911)
Belgic (1911)
Zealandic (1911)
Titanic (1912)
Ceramic (1912)
Vaterland (1914)
Lapland (1914)
Britannic (1914)
Belgic (1917)
Vedic (1918)
Bardic (1919)
Gallic (1920)
Mobile (1920)
Arabic (1920)
Homeric (1920)
Haverford (1921)
Poland (1922)
Majestic (1922)
Pittsburgh (1922)
Doric (1923)
Delphic (1925)
Regina (1925)
Albertic (1927)
Calgaric (1927)
Laurentic (1927)
Britannic (1930)
Georgic (1932)

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