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Rodrigo Piller

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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Os primeiros testes

Ao zarpar do acolhedor refúgio da baía de Belfast, o Titanic deveria se dirigir a leste para entrar no mar da Irlanda, mas aquela primeira segunda-feira de abril, após um domingo de Ramos, era um dia desagradável, com rajadas de vento, chuvoso e mar agitado. Andrews, Wilding, Sanderson, Carruthers e o capitão Smith acharam que não era conveniente realizar os testes previstos com aquele tempo ruim e marcaram encontro para o dia seguinte. Ao contrário de seu navio gêmeo, que o havia precedido, o Titanic foi submetido a um só dia de testes, em vez dos dois previstos.-Em relação a esse detalhe, confirmava-se também que não havia nenhuma intenção de fazer revisão meticulosa no soberbo transatlântico, pois queriam recuperar o dia perdido devido ao mau tempo. Contudo, na terça-feira de 2 de abril, os motores foram ligados normalmente e desligados muitas vezes para verificação de diferentes combinações com o barco parado. Os testes em movimento compreendiam a confirmação da parada de emergência, da velocidade e do giro. Imperioso, o navio sulcou o mar e foi aumentando gradativamente as revoluções do motor, alcançando velocidade de 18 nós mantendo a mesma rota. Para comprovar a distância necessária para parar, o capitão Smith ordenou a potência máxima dos motores e, chegando a uma velocidade de 20 nós, deu ordem para parar e “totalmente para trás”.-Foram necessários 780 metros para que o Titanic perdesse completamente a força acumulada de empuxo àquela velocidade. Depois, mediu-se a amplitude do giro, retomando a velocidade de 20 nós. O inspetor Carruthers ficou surpreso com o sucesso do giro, realizado em espaço reduzido em relação ao imenso volume do transatlântico, completando a volta em apenas 1.200 metros e ao mesmo tempo avançando 640 metros. Finalmente, na viagem de volta ao porto, testou-se a capacidade de manobra do navio, imprimindo-lhe repentinas mudanças de rumo, fazendo um zigue-zague nas águas. Carruthers, um engenheiro com o título de primeiro oficial de máquinas, representava o Ministério do Comércio e, no cumprimento de suas funções, já havia feito incontáveis inspeções no navio durante o período de construção e acabamento.-Para encerrar o balanço nitidamente positivo daquela jornada de testes, solicitou que se testasse o movimento das engrenagens para deitar as âncoras e a resistência das gruas encarregadas de içar as lanhas de salvamento. Diante do último pedido, o capitão Smith se limitou a fazer suspender as chalupas para fora do navio e depois as fez voltar, sem abaixá-las completamente até atingir o nível do mar.Também não foi feito o controle do equipamento todo de cada chalupa, nem se verificou se o sistema de gruas e chalupas era forte o suficiente para abaixar estas com a carga completa. O inspetor não percebeu que havia acontecido um princípio de incêndio em uma carvoeira, e o capitão não lhe comunicou o fato, talvez porque pensasse resolver o problema em Southampton, um porto bem equipado que tinha recursos muito eficientes contra incêndios.-Tudo fora condicionado às pressas. Os incidentes que haviam bloqueado o Olympic, devido aos reparos necessários, tinham influenciado de forma negativa nos prazos de construção do Titanic. A viagem inaugural deste já havia sido adiada uma vez e não seria admitida outra mudança de data, não apenas por razões econômicas, que exigiam que a segunda unidade entrasse em serviço para recuperar o dinheiro perdido por falta de sorte, apesar do sucesso perante o público, mas também por motivos de imagem, principalmente para os clientes e para a imprensa. Agora era necessário respeitar a qualquer custo o anúncio oficial do presidente Ismay determinando a viagem inaugural para antes da Páscoa.-No último momento, também precisou ser suspensa uma breve escala em Liverpool, sede oficial da White Star Line, para registrar o nome do Titanic. O clima ruim da segunda-feira atrasou a ida para Southampton, de modo que os testes no mar acabaram, ao final, sendo de apenas doze horas. Com William Murdoch como segundo oficial e Charles Herbert Lightoller como primeiro, o novo navio símbolo da frota de John Pierpont Morgan zarpou de Belfast, direcionando a proa para Southampton.

10 de abril de 1912


7:30 - O Capitão Edward J. Smith sobe a bordo. O Oficial chefe Wilde entrega o relatório de navegação.8:00 - Toda a tripulação é passada em revista. É realizado um exercício com os botes salva-vidas. Infelizmente isto é feito somente em dois botes, o nº. 11 e 15 de estibordo.9:30 - 11:00 - Passageiros da segunda e terceira classe chegam e começam a embarcar.11:30 - Chegam os barcos com os passageiros da primeira classe provenientes de Londres.12:00 - Logo após o almoço, a poderosas sirenes do Titanic são acionadas, avisando de sua eminente partida. Todos que não fazem parte da tripulação nem dos passageiros começam a desembarcar. Muitos passageiros nesta fatídica viagem deveriam estar a bordo do Oceanic e do Adriatic, mas foram transferidos para o Titanic devido à greve dos carvoeiros.12:15 - As âncoras são levantadas e o grande navio parte das docas com a ajuda de rebocadores. Destino Cherbourg, França, seguindo então para Queenstown, Irlanda, de onde prosseguiria para Nova Iorque, com data de chegada prevista para a quarta-feira da semana seguinte, 17 de Abril, pela manha. Durante a passagem corrente a baixo pelo rio Test, já sem ajuda dos rebocadores, o deslocamento de água casado pelo Titanic rompe as seis cordas de amarração do New York fazendo sua popa ir em direção do Titanic. Uma rápida ação de sua tripulação impede a colisão por apenas 1,2 m. Isto provoca um atraso de uma hora e junto com o incidente entre o Olympic e o Hawke indica a falta de familiaridades com navios deste tamanho por aqueles que o controlam.13:00 - O Titanic reinicia sua viagem em direção a Cherbourg16:00 - Barcos provenientes de Paris chegam a Cherbourg, onde é anunciado o atraso na chegada do navio.17:30 - Finalmente o Titanic chega a Cherbourg, França, a apenas 38 km de distância através do Canal da Mancha. Os passageiros começam a ser embarcados nos barcos que os levarão ao Titanic.18:30 - O Titanic ancora no porto de Cherbourg com todas as luzes acesas, 22 passageiros embarcados em Southampton terminam aqui sua viagem. Alguma carga também é desembarcada.20:00 - No total 274 passageiros de Cherbourg já estão a bordo, e os barcos retornam para o porto.20:30 - Titanic levanta âncora e parte para Queenstown, Irlanda, através do Canal da Mancha e ao redor da costa sul da Inglaterra, para pegar seus últimos passageiros.

11 de abril de 1912


O Capitão Smith faz alguns testes de manobrabilidade na parte da manhã.
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11:30 - O Titanic baixa âncoras no porto de Queestown, a aproximadamente 3,2 km da terra firme. No total de 113 passageiro da terceira classe e 7 da segunda classe embarcam junto com 13.485 sacos de correspondência. Sete passageiros desembarcam levando para terra firme as últimas imagens conhecidas do interior do navio.
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14:00 - Finalmente as âncoras são levantadas e o Titanic parte. O rota escolhida, entre Fasnet Light, ao sudeste da Irlanda, até Nantucket Shoals, na costa leste norte-americana, era tida com a mais segura naquela época do ano.

12 de abril de 1912

O Titanic percorre 778.75 km com tempo claro e limpo.
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Para passar o tempo alguns passageiros se divertiam dançando a o som da melhor banda do Atlântico, outros faziam apostas sobre a data de chegada do Titanic em Nova Iorque. Ismay havia dito que seria na quarta-feira pela manhã, mas alguns oficiais diziam que terça-feira a noite seria mais provável.

13 de abril de 1912


O Titanic percorre 835 km com tempo claro e limpo, mas avisos sobre gelo, comuns nesta época, são recebidos. Os passageiros reportam o mínimo de barulho ou vibrações no navio.
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10:30 - Aviso de grandes blocos de gelo é enviado pelo Rappahannock (foto) que foi danificado ao atravessar um campo de gelo.

14 de abril de 1912


9:00 - A primeira mensagem relatando a presença de gelo é recebida pelo Titanic proveniente do S.S. Caronia notificando a presença de campos de gelo em 42º N, de 49º a 51º W, avistados em 12 de Abril.-10:30 - A missa dominical é realizada no salão de jantar da primeira classe.-11:40 - O vapor holandês Noordam relata a presença de muito gelo aproximadamente na mesma posição da relatada pelo Caronia.-12:00 - Na ponte de navegação é medida a posição do navio com o sextante, e registrada a distância percorrida 546 milhas (878,6 km) desde o meio dia de sábado.-13:42 - S.S. Baltic envia a terceira mensagem recebida pelo Titanic avisando sobre icebergs e grande quantidade de gelo em 41º51' N e 49º52'W, 402.3 km à frente do Titanic. O Capitão Smith passa a mensagem para Ismay, o qual a guarda. Posteriormente ele a mostraria para alguns passageiros.-13:45 - S.S. Amerika, da Alemanha, é o navio mais próximo de Cape Race, Newfoundland, envia a quarta mensagem recebida. Talvez a mensagem mais importante recebida, ela relatava a presença de dois grandes icebergs em 41º 27'W e 50º 8'W, observados no mesmo dia. Esta mensagem nunca chegou à ponte de comando, possivelmente Jack Phillips, operador do telegrafo do Titanic, não teve tempo para enviá-la ao capitão pois o aparelho de telegrafo quebrou pouco após o recebimento desta mensagem, tendo Phillips e Bride, seu substituto, passado grande parte do dia consertando o aparelho.-17:50 - O Capitão Smith altera o curso do Titanic um pouco para sudoeste, talvez para evitar a presença de gelo.-18:00 - O segundo oficial Lightoller substitui o oficial chefe Wilde na ponte.-19:15 - O primeiro oficial Murdoch ordena o fechamento da escotilha do castelo de proa para que a luminosidade de dentro não interfira com os vigias no cesto da gávea.-19:30 - Chega à quinta mensagem, transmitida do S.S. Californian para o S.S. Antillian reportando a presença de três grandes icebergs ao sul de sua posição em 42º 3'N e 49º 9'W, aproximadamente 80 km à frente do Titanic. A temperatura do ar é registrada como 0,5º C, 6 graus a menos que a registrada as 17:30.-20:40 - O segundo oficial Lightoller ordena um vistoria no suprimento de água fresca, uma vês que a água do mar está próxima da temperatura de congelamento (da água doce).-20:55 - O capitão se retira após o jantar e vai até a ponte onde comenta como oficial de guarda, segundo oficial Lightoller, sobre o tempo calmo e a noite clara apesar da falta da lua, assim como a visibilidade de icebergs durante ume noite sem luar. O Titanic faz 22 nós com 24 de suas 29 caldeiras ativadas.-21:20 - O Capitão se retira para seu quarto, dando ordens para ser acordado se algo acontecer..-21:30 - Lightoller manda os vigias no cesto da gávea ficarem alertas para icebergs até a manhã.-21:40 - A sexta mensagem é recebida pelo Titanic proveniente do S.S. Mesaba relatando grande quantidade de gelo e grandes icebergs de 41º N a 41º 25'N e de 49º W a 50º 30'W, nas proximidades do Titanic. Novamente esta mensagem não chegou até a ponte. Supõe-se que Phillips estava muito ocupado trocando mensagens de passageiros com Cape Race para poder deixar a sala de telegrafo e levar a mensagem até a ponte. No total, seis mensagens alertam o Titanic da presença de um grande campo de gelo diretamente à frente.-22:00 - O primeiro oficial William Murdoch assume a guarda, dispensando Lightoller. É feita a troca de vigias. Os que entram são informados que devem ficar atentos a icebergs. A temperatura do ar é agora de 0º C. o céu está sem nuvens e claro.-22:30 - A temperatura do mar é agora de -2º C-22:55 - O S.S.Californian, parado em um campo de gelo ao norte do Titanic envia a última mensagem recebida pelo Titanic. Phillips, operador de telegrafo do Titanic corta a mensagem do Californian, avisando que estava em contato com Cape Race. O operador do Californian continua a ouvir as mensagens do Titanic até as 23:30.-23:30 - O único operador de telegrafo do S.S. Californian, terminando seu serviço do dia, desliga seu equipamento e vai para a cama como de costume. Frederick Fleet e Reginald Lee, vigias da noite, assumem seus postos para observar o mar à frente e avisar a ponte de qualquer perigo iminente. Sem binóculos, eles se esforçam para poder visualizar qualquer perigo à frente quando eles notam uma indistinta cerração aparecendo diretamente à frente-23:40 - Inesperadamente Fleet, observa uma grande forma escura indistinta elevando-se 18 metros acima da superfície e que ele reconhece como sendo a ponta de um iceberg a aproximadamente 460 metros diretamente à frente, e rapidamente toca o sino de aviso três vezes e imediatamente avisa a ponte, "iceberg diretamente à frente". O sexto oficial Moody na ponta recebe a mensagem e imediatamente a passa para Murdoch o qual ordena tudo a estibordo no timão enquanto pelo telegrafo de bordo ordena a parada seguida de reversão total dos motores. Irá levar ainda alguns segundos para o imenso navio iniciar sua curva à esquerda. Infelizmente, devido aos poucos testes realizados com o navio, não se sabia quanto tempo, nem qual a distancia necessária para que ele realizasse tal manobra. Após a proa virar dois pontos (10 graus), o iceberg atinge o navio diretamente a estibordo gerando um tremor sentido por todo o navio. Murdoch imediatamente fecha as portas à prova d'água a baixo da linha d'água fechando os compartimentos estanques e prendendo para sempre muitos trabalhadores no interior do Titanic. A 22 nós, a colisão dura apenas 10 segundos, mas o suficiente para a colisão causar sérios danos estruturais ao casco. No total foram apenas 32 segundos entre o avistamento e final da colisão O impacto é notado por vários passageiros como um tremor seguido por um rangido metálico.-23:41 - O Capitão chega à ponte onde recebe o relatório do acontecido. É ordenada parada total dos motores.-23:50 - 10 minutos após a colisão a água já atinge 4 metros acima da quilha e inunda completamente todos os compartimentos danificados à exceção da casa de caldeiras número 5. O iceberg havia danificado o casco cerca de 3 metros acima da quilha e por uma distancia de aproximadamente 92 metros. A água entra rapidamente pelo porão de vante, pelos porões de carga 1, 2 e 3, e pelas salas de caldeiras 5 e 6, a qual apresenta 8 pés de água. Os motores são colocados em "à frente devagar".

Viagem inaugural do Olympic


Depois de cruzar o mar da Irlanda, o Olympic chegou ao porto de Liverpool e atracou no rio Mersey. No dia seguinte, novos curiosos puderam subir a bordo e visitar aquela nova maravilha, fruto da supremacia naval britânica, financiada com dólares americanos. Na noite seguinte, o navio zarparia novamente para Southampton, onde a organização da White Star o aguardaria para embarcar as provisões necessárias para a travessia, bem como para os últimos preparativos para a viagem inaugural em 14 de Junho de 1911. Com 1313 passageiros a bordo a viagem transatlântica foi um sucesso. A rota, que pouco tempo depois também seria percorrida pelo Titanic, compreendia duas escalas: a primeira na França, em Cherburg, e a segunda na Irlanda, em Queenstown, de donde entraria no Atlântico em direção a Nova York. O comando do célebre navio da White Star fora confiado ao capitão Edward John Smith, o melhor oficial da companhia. Na quinta-feira, 14 de junho, um cartaz anunciava “todas as reservas do Olympic esgotadas”; não havia mais lugares disponíveis no transatlântico, e essa notícia confirmava o sucesso da idéia proposta por Pirrie, aprovada por Ismay e financiada por Morgan. Tudo caminhava da melhor maneira possível. Entretanto, um incidente desagradável, sem conseqüências graves, ocorreu na chegada ao porto da América e comprovou que o tamanho do navio superava a experiência adquirida até então com paquetes de menor envergadura. Os oficiais e todo o pessoal deviam se “habituar às medidas” do novo colosso dos mares e tomar consciência do perigo das manobras de tão grande massa. Efetivamente, em 21 de junho, uma semana depois da partida de Southampton, o Olympic esteve a ponto de afundar o rebocador Halenbeck com sua popa; era um claro sinal de que a manobra requeria mais atenção e consciência da força que tal massa de aço podia liberar quando se movimentava por águas fechadas. De qualquer maneira, esse incidente não podia preocupar os responsáveis pela companhia de navegação, que estavam totalmente satisfeitos com os resultados alcançados, e que previam, em um curto prazo, a amortização antecipada do capital investido naquele projeto faraônico. Além disso, não havia tempo para pensar em pequenos contratempos. O próximo objetivo urgia: a total preparação do Titanic, que conquistaria definitivamente o mercado internacional do transporte de passageiros no Atlântico norte.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Titanic pode virar novela


Correm boatos nos bastidores da rede de televisão mexicana Televisa, que a emissora estaria interessada em produzir a novela mais cara do mundo. Trata-se de uma versão do mega-sucesso dos cinemas Titanic de James Cameron. A novela iria retratar a história do naufrágio em forma de novela e contaria com o grande momento: o navio afundando. É esperar pra ver...

Cruzeiro para celebrar centenario do Titanic


O Cruise Liner MS Balmoral fará um cruzeiro para celebrar o Centenário do naufrágio do Titanic, em abril de 2012. Em menos de 24 horas desde que as vendas foram disponibilizadas ao público, na terça-feira, dia 14/04/2009, cem cabines já foram vendidas, segundo informações da agência Miles Morgan Travel, que comercializa o roteiro no site Titanic Memorial Cruise. O dia 15 de abril de 1912 é lembrado em todo o mundo como a data em que - à época - o maior transatlântico do mundo se chocou contra um iceberg ao sul de NewFoundland, em sua viagem inaugural entre Southampton e Nova York. O naufrágio resultando na morte de 1.513 pessoas.A viagem comemorativa a bordo do navio MS Balmoral vai partir de Southampton no dia 8 de abril de 2012, para um cruzeiro de 12 noites seguindo o itinerário original do RMS Titanic, conforme planejado há um século, atravessando o Canal da Mancha e passando por Cherbourg, na costa francesa, antes de rumar para o porto irlandês de Cobh ( Queenstown em 1912), onde fará uma parada. O navio seguirá de lá pelo Atlântico, com chegada prevista ao local do acidente na virada do dia 14 para o dia 15, exatamente cem anos após a trágica viagem, onde, às 2h20m, um serviço religioso será realizado para homenagear os passageiros e a tripulação vitimadas pelo naufrágio. O cruzeiro seguirá depois para Halifax, Nova Escócia, no Canadá, local onde foram enterrados muitos dos corpos das vítimas a bordo, antes de seguir para seu destino final em Nova York.No cruzeiro Titanic Memorial Cruise, a bordo do MS Balmoral, os preços das cabines começam em R$ 6.500,00 (1.999 libras), para as cabines interna “inside cabin” e vão até R$ 26.000,00 (7.995 libras), para as cabines suíte “owners suite”.Quer fazer a sua reserva?
Acesse: http://www.titanicmemorialcruise.co.uk/

Novo Titanic 2


Em duas home page, que eu localizei em 1998, falava-se sobre a construção de um novo Titanic, que irá navegar em 10/04/2002. As home page não estão mais disponíveis. Achei que poderia ser uma especulação na época, pois a home page, cogitava a construção não de um, mais de dois novos Titanic. Um pela RMS Titanic Shipping Holdings of Durban e o outro dois anos depois pela White Star Line Limited of Basel, Suíça. As principais mudanças seriam:
• 2 Hélices de alta Rotação e Performance em vez de 3 Hélices;• 46 botes + 46 Infláveis em vez de 20 botes e 4 desmontáveis;• As 4 chaminés permaneceriam somente como ornamentação;• Casco Soldado em vez de se usar Rebite;• Compartimento Estanque até o Topo em vez de até o Deck "E";• Comunicação por Satélite em vez de Telegrafo;• Geradores à Diesel em vez das 29 Caldeiras;• Leme maior para facilitar as manobras em vez de pequeno;• Motor Elétrico em vez de Motores a Vapor e Turbina;• Navegação feita por GPS e Radar em vez de Coordenadas e cálculos no mapa.
Justamente por não ter mais as caldeiras e enormes motores a vapor, o Novo Titanic provavelmente necessitará de um lastro, de água, para compensar a diferença de peso. Centrais de Tratamento de Esgoto gerado a bordo serão colocadas também onde originalmente eram as caldeiras.Abaixo da linha d'água estão as principais diferenças:
• O Casco ganhou formas hidrodinâmica, gerando uma economia de 4% de combustível.• O Leme ficou maior e estabilizadores Horizontais e "Thrusters" foram adicionados.
Em Resumo:• Casco Hidrodinâmico;• Central de Tratamento de Resíduos;• Estabilizadores Horizontais;• GPS;• Interior à Prova de Fogo;• Leme Maior;• Radares de Navegação e Meteorológicos;• Thrusters frontais para estabilização e manobras de atracação.
Pena que nunca saiu do papel.............................

Resgatem o Titanic


O homem no camarote 33 do convés A remexeu-se e virou-se em seu estreito beliche, o rosto suado, a mente mergulhada num pesadelo. Era um homem pequeno, de pouco menos de um metro e sessenta, cabelos brancos ralos e uma face suave, na qual o único traço marcante eram as vastas e escuras sobrancelhas. As mãos estavam enlaçadas sobre o peito e ele torcia os dedos num ritmo nervoso. Aparentava ter cinqüenta e tantos anos. Sua pele tinha a cor e a textura de uma calçada de concreto, e havia rugas profundas debaixo dos olhos. Entretanto, completaria trinta e quatro anos daí a dez dias.O desgaste físico e a tormenta mental dos últimos cinco meses haviam-no levado a um estado tal que tocava às raias da loucura. Durante as horas em que permanecia acordado, sua mente divagava por caminhos vazios e ele perdia a noção do tempo e da realidade. Precisava esforçar-se a cada instante para lembrar onde se encontrava e que dia era. Estava ficando louco, vagarosa e irremediavelmente louco, e o pior de tudo é que ele tinha conhecimento disso.Seus olhos se abriram alvoroçados e se fixaram no ventilador silencioso que pendia do teto de seu camarote. Passou as mãos pela face e sentiu a barba de duas semanas. Não foi necessário examinar suas roupas, pois bem sabia que elas estavam sujas, amarrotadas e manchadas por suores conseqüentes de seu estado de nervos. Deveria ter tomado um banho e mudado a roupa logo que embarcou, mas, em vez disso, atirou-se no beliche e dormiu um sono povoado de fantasmas, interrompido por vezes, durante quase três dias.Era um domingo e a noite ia avançada, e o navio não deveria atracar no cais de Nova York antes de quarta-feira cedo, daí a pouco mais de cinqüenta horas.O homem procurou convencer-se de que agora estava fora de perigo, mas sua mente se recusava a aceitar tal coisa, embora o prêmio que custou tantas vidas estivesse absolutamente seguro. Pela centésima vez, sentiu o volume no bolso do colete. Satisfeito porque a chave ainda estava lá, esfregou a mão sobre a testa brilhante e fechou os olhos mais uma vez.Não estava seguro do tempo que se passou enquanto cochilava. Alguma coisa acordou-o com uma sacudidela. Não foi um ruído forte nem um movimento violento, foi antes um tremor de seu colchão e um ruído esquisito como se alguma coisa estivesse sendo triturada em algum ponto por debaixo de seu camarote de boroeste. Ele se ergueu e se sentou numa posição rígida, baixando os pés em direção ao piso. Poucos minutos se passaram e uma calma incomum envolveu o navio, nenhuma vibração se ouviu mais. Então, sua mente anuviada percebeu a razão. As máquinas tinham parado. Ele permaneceu ali sentado, escutando, mas os únicos sons que lhe chegaram foram os leves gracejos dos moços de bordo pelo corredor e a conversa abafada dos camarotes adjacentes.Uma terrível sensação de desconforto o envolveu. Outro passageiro qualquer poderia ter ignorado a interrupção e voltado a dormir, mas ele estava a um passo de um esgotamento nervoso, e seus cinco sentidos estavam exaltados, aumentando as proporções de cada impressão. Três dias fechado no camarote, sem comer e sem beber, revivendo os horrores dos últimos cinco meses, serviram somente para avivar os fogos da insanidade por trás de sua mente em rápido processo de degeneração.O homem abriu a porta e caminhou de modo inseguro pelo corredor até a escadaria. Pessoas riam e conversavam ao regressar do salão de estar para seus camarotes. Olhou para o relógio ornamental de bronze, ladeado por duas figuras em baixo-relevo, acima do patamar entre os dois lances da escadaria. Os ponteiros dourados indicavam onze horas e cinqüenta e um minutos.Um moço de bordo, parado junto a um pomposo candelabro, na base da escadaria, olhou-o desdenhosamente, sem dúvida por ver um passageiro tão mal vestido passeando pelos setores destinados à primeira classe, enquanto todos os outros percorriam os ricos tapetes orientais em elegantes trajes de noite.- As máquinas - elas pararam - disse, pesadamente.- Provavelmente para alguma ajustagem de menor importância, cavalheiro - respondeu o moço de bordo. - É um navio novo, fazendo sua primeira viagem, e tudo o mais. É natural que apareçam alguns pequenos contratempos. Nada para causar preocupação. Este navio não pode afundar, como sabemos.- Uma vez que é feito de aço, ele pode afundar. – O homem esfregou os olhos avermelhados. - Acho que vou dar uma olhada lá fora.O moço de bordo meneou a cabeça.- Eu não aconselharia isso, cavalheiro. Lá fora está terrivelmente frio.O passageiro do terno amarrotado deu de ombros. Estava habituado ao frio. Virou-se, subiu um lance de escada e saiu por uma porta que dava para o convés principal. Quase retrocedeu, pois parecia que mil agulhas o espetavam. Depois de passar três dias no aconchego morno de seu camarote, foi um choque para ele sentir no rosto o ar exterior à temperatura de meio grau abaixo de zero. Não havia o mais leve sinal de vento, apenas uma camada de ar frio, cortante, que descia do céu sem nuvens e envolvia o navio.Caminhou para a amurada e levantou a gola do casaco.Debruçou-se, mas apenas avistou o mar negro, calmo como o lago de um jardim. Então, olhou para vante e para ré. O convés principal, desde o passadiço, depois dos camarotes dos oficiais, até a cobertura elevada do salão de fumar da primeira classe, estava totalmente deserto. Somente a fumaça derivando se preguiçosamente das três primeiras chaminés imensas pintadas de preto e amarelo - o navio possuía quatro - e as luzes brilhando através das janelas do salão de estar e de leitura denunciavam a proximidade de vida humana.A espuma branca ao longo do costado foi diminuindo e se tornou negra à medida que o grande barco, vagarosamente, foi perdendo seguimento e deixando arrastar-se silenciosamente por baixo do imenso manto de estrelas. O comissário de bordo saiu da sala de reunião dos oficiais e olhou sobre a borda.- Por que paramos? - indagou o homem.- Batemos em qualquer coisa - respondeu o comissário sem se virar.- É sério?- Não é provável, cavalheiro. Se houver algum vazamento, as bombas se encarregarão do assunto.De repente, um trovejar de rebentar os ouvidos teve início, como se cem locomotivas de Denver e do Rio Grande, ribombando ao mesmo tempo dentro de um túnel, irrompessem dos oito condutos de exaustão. Mesmo quando levou as mãos aos ouvidos, o passageiro reconheceu a causa. Lidara com máquinas por um período suficientemente longo para saber que o vapor estava sendo lançado para o exterior através das válvulas de segurança em virtude do excesso de pressão conseqüente da parada das máquinas principais. O terrível estrondo tornou impossível continuar a conversa com o comissário. Ele se voltou e observou os outros membros da tripulação que apareciam no convés principal. Um medo terrível contraiu seu estômago quando ele os viu começar a descobrir os barcos salva-vidas e desenrolar os cabos dos turcos.Permaneceu ali por quase uma hora, enquanto o ruído dos condutos de exaustão ia morrendo dentro da noite. Agarrado à amurada, indiferente ao frio, ele quase não notava os pequenos grupos de passageiros que percorriam o convés principal numa estranha e calma forma de confusão.Um dos jovens oficiais do navio passou por ele. Tinha vinte e poucos anos, e sua face possuía a coloração branco-leitosa tipicamente inglesa, e também tipicamente inglesa era sua expressão de cansado-de-tudo-isso. Ele se aproximou do homem na amurada e bateu no seu ombro.- Perdão, cavalheiro, mas o senhor deve colocar seu colete salva-vidas.O homem se voltou vagarosamente e fixou-o.- Nós vamos afundar, não é mesmo? - perguntou, com voz rouca.O oficial hesitou um momento, depois assentiu.- A água está entrando mais rapidamente do que as bombas podem esvaziar.- Quanto tempo ainda nos resta?- É difícil dizer. Talvez mais uma hora, se as águas não atingirem as caldeiras.- Que aconteceu? Não havia outro navio nas proximidades.Contra o que batemos?- Contra um iceberg. Cortou nosso casco. Uma falta de sorte danada.O homem segurou o braço do oficial com tanta força que o rapaz estremeceu.- Tenho de entrar no compartimento de carga.- Há pouca possibilidade de conseguir isso, cavalheiro.O compartimento das malas de correio no convés F está ficando alagado e a bagagem já está flutuando.- Você precisa conduzir-me até lá.O oficial tentou desprender o braço, mas ele estava preso como num torno.- Impossível! Minhas ordens são para cuidar dos barcos salva-vidas de boreste.- Algum outro oficial poderá cuidar dos barcos – disse o passageiro com voz apagada. - Você vai mostrar-me o caminho para o compartimento de cargas.Foi então que o oficial percebeu duas coisas incômodas.A primeira, uma expressão de loucura na face do passageiro, e a segunda, a boca de um revólver fazendo pressão contra seus órgãos genitais.- Faça como eu pedi - rosnou o homem -, se você deseja conhecer seus netos.O oficial olhou silenciosamente para a arma e depois levantou os olhos. Alguma coisa dentro dele se alterou repentinamente.Discutir ou resistir estava fora de cogitação. Os olhos avermelhados pareciam duas brasas alimentadas pelo fogo da insanidade mental.- Posso apenas tentar.- Pois então tente! - rosnou o passageiro. - Mas nada de truques. Permanecerei o tempo todo atrás de você. Qualquer gesto idiota de sua parte e eu lhe meto uma bala na espinha.O homem colocou discretamente o revólver no bolso do casaco, com o cano encostado nas costas do oficial. Caminharam sem dificuldade através da multidão que se acotovelava e que agora punha em desordem o convés principal. O navio parecia outro. Não havia mais risos ou alegria, nem distinção de classes; ricos e pobres estavam ligados pelos laços do medo.Os moços de bordo eram as únicas pessoas que riam e diziam banalidades, enquanto distribuíam os salva-vidas.Os foguetes lançados para assinalar o perigo iminente pareciam pequenos e ridículos sob a escuridão sufocante; o espocar dos chuveiros brancos somente era presenciado pelas pessoas a bordo do navio condenado. Tudo isso, aliás, constituía um fundo irreal para os adeuses de partir o coração, as expressões forçadas de esperança nos olhos dos homens ao içarem suas mulheres e seus filhos para dentro dos barcos salva-vidas.O terrível aspecto irreal da cena foi ainda aumentado quando a orquestra de oito figuras do navio se reuniu no convés principal com seus instrumentos e suas jaquetas claras. Começaram a executar uma música de lrving Berlin, Alexander's ragtime bando.O oficial de bordo, empurrado pelo revólver, lutou para descer a escada principal contra a onda de passageiros que vinha subindo em busca dos barcos salva-vidas. O pequeno ângulo de inclinação para a proa estava se tornando mais pronunciado.Ao descerem os degraus, sentiam dificuldade em manter o equilíbrio.No convés B, apanharam um elevador, em que desceram até o convés D.O jovem oficial voltou-se e estudou o homem cujo estranho capricho o conduzia, inexoravelmente, a uma morte certa.Os lábios estavam apertados sobre os dentes, os olhos, vidrados, com um olhar distante. O passageiro levantou os olhos e viu a expressão do oficial que o encarava. Por um longo tempo, ficaram olhando um para o outro.- Não se preocupe...- Bigalow, cavalheiro.- Não se preocupe, Bigalow. Conseguirá safar-se antes que ele afunde.Que compartimento de carga o senhor deseja?O cofre no compartimento número 1, convés G.O convés G com certeza está alagado agora.Somente poderemos saber quando chegarmos lá, não acha? - O passageiro fez um movimento com o revólver no bolso do casaco no momento em que a porta se abriu. Os dois saíram do elevador e abriram caminho através das pessoas que ali se encontravam.Bigalow rasgou com um puxão seu cinto de salvamento e correu pela escada de descida para o convés E. Ali, parou e olhou para baixo: a água subia os degraus vagarosamente, mas de forma persistente. Algumas luzes ainda estavam acesas sob a fria água verde e produziam uma claridade fantasmagórica.- Não vai ser possível. Veja o senhor mesmo.- Existe algum outro caminho?- As portas estanques foram fechadas logo após o acidente.Podemos consegui-lo usando as escadas de emergência.- Então, vamos a elas.O percurso através de passagens tortuosas continuou rapidamente por um labirinto sem fim de passagens, escadinhas e túneis. Bigalow fez uma parada e levantou a tampa de uma escotilha redonda. Surpreendentemente, ao olhar pela pequena abertura, verificou que a água no convés de baixo havia subido apenas pouco mais de meio metro.- Nenhuma esperança - mentiu. - Está alagado.O passageiro empurrou o oficial para um lado e olhou ele próprio.- Está suficientemente seco para o que eu desejo - disse, vagarosamente. Apontou o revólver para a escotilha. - Continue.As luzes do teto continuavam acesas no compartimento, enquanto os dois homens faziam seu caminho, através da água, até a caixa-forte do navio. Os mortiços raios de luz faziam brilhar os metais de um enorme carro Renault preso ao convés.Ambos os homens tropeçaram e caíram diversas vezes na água gelada, ficando seus corpos dormentes por causa do frio.Cambaleando como se estivessem embriagados, chegaram por fim ao cofre. Era um cubo no meio do compartimento de carga, com dois metros e quarenta de aresta. Suas poderosas paredes foram construídas com aço de Belfast de trinta centímetros de espessura.O passageiro retirou do bolso do colete uma chave, que introduziu na fechadura. O sistema de fechamento ainda estava meio duro por ser novo, mas finalmente os ferrolhos cederam produzindo um dique. Ele empurrou a porta e entrou no cofre.Foi então que o homem se voltou e sorriu pela primeira vez.- Obrigado pela ajuda, Bigalow. Trate de subir, rápido.Ainda há tempo para você.Bigalow olhou, intrigado.- O senhor vai ficar?- Sim, vou ficar. Assassinei oito homens bons e decentes.Não posso continuar vivendo com esse peso. - Isso foi dito com simplicidade e num tom que não admitia réplica. - O assunto está encerrado e completo. Está tudo acabado.Bigalow tentou falar, mas as palavras lhe faltaram.O passageiro compreendeu e assentiu, e puxou a porta, que se fechou sobre ele.- Agradeço a Deus por Southby - disse ainda.E desapareceu na escuridão do cofre.Bigalow sobreviveu.Venceu a corrida contra a água que subia e conseguiu atingir o convés principal e atirar-se pela borda, apenas alguns segundos antes que o navio afundasse.No momento em que o grande transatlântico afundou, sua flâmula vermelha com a estrela branca, que estivera pendurada no topo do mastro de ré na calma mortal da noite, de repente panejou ao tocar a água, como num cumprimento final aos mil e quinhentos homens, mulheres e crianças que estavam morrendo de frio ou se afogando nas águas geladas do oceano.Um instinto cego empolgou Bigalow, que estendeu o braço e agarrou a flâmula, quando esta lhe passou ao alcance. Antes que sua mente se desse conta, antes que pudesse pensar em todo o perigo de seu ato louco, ele se sentiu puxado para debaixo da água. Mesmo assim, continuou segurando a flâmula, recusando-se a largá-la. Já estava a quase seis metros abaixo da superfície, quando a alça da flâmula se desprendeu da adriça, e o prêmio era seu. Somente então ele lutou para voltar à tona, em meio à escuridão que o envolvia. Depois do que lhe pareceu uma eternidade, tornou a respirar o ar da noite, feliz porque a esperada sucção resultante do afundamento do navio não o tinha apanhado.A água, a dois graus abaixo de zero, quase o matou então.Mais dez minutos àquela temperatura de congelamento, e teriam sido ligeiramente diferentes os números que representaram os resultados daquela catástrofe.Um cabo o salvou; estava amarrado a um barco virado, e, após correr por sua mão, foi afinal agarrado. Com as últimas forças já o abandonando, Bigalow conseguiu puxar o corpo para cima do barco e compartilhou com outros trinta homens a dormência dolorosa de seus corpos quase congelados, até que foram resgatados por um outro navio quatro horas depois.Os gritos angustiantes das centenas de pessoas que morreram haveriam de permanecer, para sempre, nas mentes daqueles que sobreviveram. Mas enquanto estava pendurado no barco virado e quase submerso, Bigalow somente se lembrava daquele homem estranho que ficara trancafiado para sempre no cofre do navio.Quem seria ele?Quem seriam os oito homens que ele afirmara ter assassinado?Qual seria o segredo do cofre?Essas perguntas iriam perseguir Bigalow pelos próximos setenta e seis anos, até poucas horas antes do fim de sua vida.
O resto agora, somente lendo o livro...

A quebra


Com a inclinação do navio ultrapassando os 45 graus, a pressão sobre a estrutura do navio chegou a 6 toneladas por centímetro quadrado. As vigas de aço começaram a ceder, a essa altura houve um colapso na estrutura do navio e, quando a água já chegava a 4ª chaminé um ronco ensurdecedor foi ouvido por todos. Não era o equipamento interno do navio soltando-se, e sim, o romper da estrutura do navio.
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A popa, subidamente mais leve, ergue-se sobre a água gelada, quase na vertical, caindo com violência no mar, esmagando algumas pessoas que estavam em seu caminho. O Titanic havia se partido em dois.
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Somente em 1985, quando o Titanic foi descoberto, concretizou-se o testemunho de sobreviventes que viram o navio partir-se em dois. A proa do Titanic está cravada no fundo do Atlântico, a mais de 3.800 metros de profundidade. A popa do navio está cerca de 800 metros da proa. Entre as duas partes existe um mar de entulhos - objetos de uso diário no navio, aço retorcido, objetos pessoais, entre outros.

Cinzas em Southampton


As cinzas de Millvina Dean, última sobrevivente do naufrágio do RMS Titanic, foram jogadas neste sábado, dia 24, ao mar no porto de Southampton, Inglaterra, de onde zarpou o lendário transatlântico em 10 de abril de 1912.Millvina Dean, que morreu no dia 31 de maio deste ano, aos 97 anos, era apenas um bebê de nove semanas de vida quando o Titanic afundou após colidir com um iceberg no meio do Atlântico, em 15 de abril de 1912. As cinzas foram jogadas pelo companheiro de Millvina Dean, Bruno Nordmanis, que estava junto de amigos e familiares. Millvina Dean foi uma dos 706 sobreviventes do naufrágio, que deixou 1.517 pessoas mortas, entre elas seu pai. A família Dean viajava para os Estados Unidos para recomeçar a vida e abrir uma loja de tabaco. Depois da tragédia, a família voltou a Southampton, onde Millvina passou praticamente o resto de