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Rodrigo Piller

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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Viagem inaugural do Olympic


Depois de cruzar o mar da Irlanda, o Olympic chegou ao porto de Liverpool e atracou no rio Mersey. No dia seguinte, novos curiosos puderam subir a bordo e visitar aquela nova maravilha, fruto da supremacia naval britânica, financiada com dólares americanos. Na noite seguinte, o navio zarparia novamente para Southampton, onde a organização da White Star o aguardaria para embarcar as provisões necessárias para a travessia, bem como para os últimos preparativos para a viagem inaugural em 14 de Junho de 1911. Com 1313 passageiros a bordo a viagem transatlântica foi um sucesso. A rota, que pouco tempo depois também seria percorrida pelo Titanic, compreendia duas escalas: a primeira na França, em Cherburg, e a segunda na Irlanda, em Queenstown, de donde entraria no Atlântico em direção a Nova York. O comando do célebre navio da White Star fora confiado ao capitão Edward John Smith, o melhor oficial da companhia. Na quinta-feira, 14 de junho, um cartaz anunciava “todas as reservas do Olympic esgotadas”; não havia mais lugares disponíveis no transatlântico, e essa notícia confirmava o sucesso da idéia proposta por Pirrie, aprovada por Ismay e financiada por Morgan. Tudo caminhava da melhor maneira possível. Entretanto, um incidente desagradável, sem conseqüências graves, ocorreu na chegada ao porto da América e comprovou que o tamanho do navio superava a experiência adquirida até então com paquetes de menor envergadura. Os oficiais e todo o pessoal deviam se “habituar às medidas” do novo colosso dos mares e tomar consciência do perigo das manobras de tão grande massa. Efetivamente, em 21 de junho, uma semana depois da partida de Southampton, o Olympic esteve a ponto de afundar o rebocador Halenbeck com sua popa; era um claro sinal de que a manobra requeria mais atenção e consciência da força que tal massa de aço podia liberar quando se movimentava por águas fechadas. De qualquer maneira, esse incidente não podia preocupar os responsáveis pela companhia de navegação, que estavam totalmente satisfeitos com os resultados alcançados, e que previam, em um curto prazo, a amortização antecipada do capital investido naquele projeto faraônico. Além disso, não havia tempo para pensar em pequenos contratempos. O próximo objetivo urgia: a total preparação do Titanic, que conquistaria definitivamente o mercado internacional do transporte de passageiros no Atlântico norte.

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